Custo pecuária sobe 4,8%, enquanto preço boi 1,04%

Os custos da pecuária de corte no Brasil subiram 4,76% em 2006. Apenas em dezembro, a alta bateu em 0,26%. Os dados vêm do levantamento realizado pela parceria entre a CNA, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, e o Cepea, Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq-USP, divulgado nesta terça-feira, 6 de fevereiro.

No acumulado do ano, o preço do boi gordo subiu 1,04%. A pesquisa abrange os Estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins. "Falta renda para o pecuarista manter a produtividade em nível satisfatório", resumiu Antenor Nogueira.

Para o presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da CNA, começa a ocorrer depreciação dos fatores de produção na fazenda. Nos quatro anos de pesquisa CNA-Cepea, se constatou perda de 42% na margem da atividade. Os custos aumentaram 32% enquanto o preço da arroba recuou 9,5%.

Custos mais altos e inflação superior ao aumento do boi no ano passado fizeram com que o PIB (Produto Interno Bruto) da pecuária recuasse 3,64% entre janeiro e setembro do ano passado. Somente dentro da porteira se acumulou perda de 3,3%.

O assessor técnico do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte, Paulo Mustefaga, explica que um indicativo ainda pior é a retração de 3,27% no segmento de insumos pecuários. "Isso desestimula os investimentos", disse, segundo a Agência CNA.

Aftosa - Sobre a febre aftosa na Bolívia, Antenor Nogueira, presidente do Fórum, disse estar "preocupado com o risco que representa [eventual] retomada da doença para a pecuária brasileira".

O Brasil reivindica na OIE, a Organização Mundial de Saúde Animal, a recuperação do status de área livre com vacinação para Mato Grosso do Sul e Paraná, informou a Agência Estado.

Fonte: Portal DBO

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